quarta-feira, agosto 25, 2004

 

O melhor do Brasil é o brasileiro


Este blog resolveu aderir firmemente à campanha "O melhor do Brasil é o brasileiro". Quem duvidar e tiver coragem, assista ao horário político na televisão aberta. Pulem os programas enfadonhos onde se apresentam os candidatos a prefeito, cada um querendo passar a imagem de culto, competente, honesto e outras qualidades, em detrimento dos outros. Esqueçam. Concentrem-se nos programas onde aparecem os candidatos a vereador. Não tem nada mais divertido...

Sobre os candidatos a prefeito em Belo Horizonte: um deles, Roberto Brant, não se cansa de repetir, diariamente, estar apto a administrar a cidade após ter feito um "curso" de dois anos, tendo o povo como professores (não me lembro de ter dado aulas para esse sujeito). Enquanto isso, Fernando Pimentel (vice alçado à condição de titular) chora em frente às câmeras ao relembrar tragédia ocorrida na cidade no período das chuvas, quando sete crianças de uma mesma família faleceram num desabamento... (após tal performance, ganhou o papel de crocodilo-mor). Já João Leite, tenta se desfazer da imagem de "defensor de criminosos", já que foi membro ativo da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia, afirmando que vai resolver o problema da criminalidade; ao mesmo tempo, se perde em programas que tentam criticar a "escola plural", implantada em BH pelo PT, mostrando palavras como "sidade", alegando terem sido escritas por alunos da escola plural. Como se os alunos da rede estadual de ensino escrevessem melhor. Como se o problema da educação se restringisse às esferas municipal ou estadual.
Os candidatos do PSTU (Vanessa Portugal) e do PCO (Betão) gastam todo o tempo do programa criticando o PT e o governo federal, esquecidos que deveriam aproveitar a oportunidade para apresentar alguma proposta relevante para administrar a cidade. Recentemente, o PCO teve a coragem de gastar seu tempo na tv falando sobre a campanha salarial dos funcionários dos Correios...
Não entendi.

Se me ouvissem, pediria ao Roberto Brant para esquecer o "curso" que fez, pois ainda não aprendeu nada; diria ao Fernando Pimentel para poupar suas lágrimas de crocodilo (Maluf já faz bem esse papel em São Paulo) e explicar porquê ainda existem tantas pessoas morando em áreas de risco em BH; para João Leite, pediria que ao invés de tentar humilhar estudantes da rede municipal no seu programa, expusesse suas idéias a respeito da educação e como o prefeito pode contribuir para melhorar a qualidade do ensino como um todo. Para Vanessa Portugal e Betão não falaria nada, porque com certeza não me ouviriam em meio à gritaria de seus poucos mas barulhentos militantes.

Mas chega de divagações e vamos ao que interessa. Os candidatos a vereador em Belo Horizonte e o repertório de anedotas que tornam o horário eleitoral obrigatório bem mais suportável:
"12610, 12610, pare um pouquinho, vote certinho, 12610..." quanta criatividade!!!...
Sem falar no "Paulo Quirino, você vota sorrindo"... Ou o cara que aparece fantasiado de Papai Noel... ou uma moça, que aos gritos, com uma mamadeira na mão, começa falando de violência, desemprego, e termina defendendo a volta do tíquete-leite. Tem ainda "O chefe", a "ex-mulher de militares" (quantos?), e tantos outros, saídos não se sabe de onde.
Confesso que a muito tempo não me divertia tanto.

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