terça-feira, outubro 26, 2004

 

Brasil e Haiti (III)


O Brasil parece que acaba de se meter numa sinuca de bico.

A situação no Haiti é cada vez mais grave, com frequentes escaramuças entre as diversas milícias que se armaram durante o processo de deposição do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, agora se armam novamente e lutam para depor o atual presidente Boniface Alexandre. Após certo período de estabilidade, ancorado em festa e futebol, a força de paz brasileira enfrenta agora nova onda de protestos, saques, invasões e confrontos. A situação se agravou, principalmente, depois da passagem do furacão "Jeanne", que causou a morte de mais de 2.500 pessoas, além de ter arrassado a cidade de Gonaives e atingido grande parte do país.

Na barganha do tão cobiçado lugar no Conselho de Segurança da ONU, o presidente Lula enviou tropas para liderar uma "missão de paz" no país. Depois reclamam do tal "imperialismo ianque" (não estou dizendo que ele não existe). Acontece que o número de soldados e policiais é bem menor que o previsto, e pelo andar da carruagem, insuficiente para conter a situação caso ela se agrave.
Um soldado gaúcho já foi ferido. Resta saber o que a ONU ou o governo brasileiro pretendem fazer, antes que um provável confronto entre as tropas brasileiras e as milícias armadas realmente ocorra, descambando para uma matança geral.

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