sexta-feira, outubro 08, 2004

 

Camada de Ozônio


O ozônio é um gás que filtra os raios ultravioleta do sol, que se chegasse à superfície da Terra com mais intensidade provocaria queimaduras e câncer de pele nas pessoas, além de destruir as folhas das árvores. Portanto, a camada de ozônio é uma barreira natural que nos protege contra tais perigos. Atualmente, relaciona-se o buraco na camada de ozônio com a emissão dos CFCs (clorofluorcarbonos), gases presentes em antigos aparelhos de ar condicionado e em diversos tipos de spray, que são liberados no ar. Uma vez presente na atmosfera, este composto é transportado para elevadas altitudes e é bombardeado pelos raios solares, o que causa a separação das moléculas de cloro e carbono. Os átomos de cloro, livres, destroem as moléculas de ozônio, formando então um buraco, por onde passam os raios ultravioleta.
Mas pode não ser bem assim...:

Notícia veiculada pelo Ambiente Brasil, de 04/10/2004, indica que houve uma diminuição de seis milhões de quilômetros quadrados no buraco existente na camada de ozônio, delimitado em 2004 em cerca de 23 milhões de quilômetros quadrados. O cálculo foi realizado pelo "Instituto Nacional de Pesquisas Atmosféricas da Nova Zelândia", sendo divulgado por aqui nesta semana.

Nada contra os neozelandeses ou quaisquer outros cientistas, mas temos por aqui, na "Terra Brasilis", um dos maiores estudiosos na área, de quem já falei em outra oportunidade. Trata-se de Luis Carlos Baldicero Molion, professor Phd do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal de Alagoas. O Molion é um de nossos maiores e melhores estudiosos sobre o clima, embora pouco (re)conhecido por aí. Vejam o que ele diz a respeito da notícia acima:

"Para complicar a situação dos que defendem, com propósitos escusos, que o homem possa destruir a Camada de Ozônio ou aumentar o "Buraco de Ozônio", este diminuiu depois de 1996.
Note que o ano de 1996 coincidiu com um "mínimo solar", ou seja, quando a atividade solar está num mínimo, o Sol produz menos radiação ultravioleta (UV) que é essencial para a produção de O3, i.e., menos UV, menor concentração de O3. O Sol atingiu um máximo (não tão máximo) de atividade em 2000 e as concentrações de O3 aumentaram. Em 2007-2008, o Sol estará num novo mínimo, menos UV, e o Buraco voltará a crescer. O máximo solar de 2000 foi suficiente para aumentar as concentrações globais de O3 em cerca de 3% acima da média. Um ponto interessante, é que existe um possível ciclo solar, de cerca de 90 anos (Ciclo de Gleissberg), que prevê que o Sol vai estar num grande mínimo de atividade ( minimum minimorum) nos próximos dois ciclos solares (próximos 22 anos), ou seja, de agora até os anos 2022-23, se se repetirem os ciclos anteriores (1890-1915 e 1800-1825).
Dessa forma, é possível que a camada de O3 naturalmente diminua em função do menor fluxo de UV. (Dentre as centenas de estudiosos - e consultores de indústrias de gases de refrigeração - será que só eu sei disso?!)
Será que acertarei minha "previsão"? E aí? Serão os "substitutos", ou os remanescentes dos CFCs, os causadores da diminuição (flutuação??) da camada de O3 no futuro? Esperar e ver o que acontece!
"

Damos muito pouco valor a nossos cientistas. Parece que temos um complexo de inferioridade incurável, profundamente enraizado em diversos setores. Copiamos modismos, repetimos à exaustão o que os outros dizem, mas somos incapazes de voltar os olhos para nós mesmos.
Aliás o Molion, em brilhante artigo, contesta a afirmação de que os CFCs sejam os verdadeiros destruidores da camada de ozônio, inclusive revelando supostos "interesses" que estariam criando um verdadeiro dogma em relação aos CFCs. Vale a pena dar uma lida.

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