segunda-feira, novembro 08, 2004

 

Eleições


Sei que estou atrasado, mas gostaria de falar um pouco das eleições norte-americanas e brasileiras.
Nos EUA, a despeito de toda expectativa em contrário, George Bush venceu as eleições, com aproximadamente 51% dos votos válidos. Em relação à eleição anterior, decidida no "tapetão" chamado Flórida contra Al Gore, dessa vez Bush levou maioria dos votos da população e também do Colégio Eleitoral. Saiu um pouco mais fortalecido, a despeito de toda gritaria mundial contra sua administração. Recado dos eleitores americanos ao mundo: não estamos nem aí pra vocês.

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Uma breve análise do mapa eleitoral norte-americano mostra que a situação se manteve praticamente a mesma das eleições anteriores, com a diferença de uma presença maior dos eleitores. Nos estados onde Gore havia vencido anteriormente, venceu John Kerry; nos estados onde havia vencido anteriormente, Bush venceu de novo. Divididos ao meio, a eleição norte-americana mostra os estados mais modenos, como California e Nova York, que deram vitória a Kerry e anseiam por mudanças no cenário político, contra os eleitores do interior norte-americano, impregnados de um certo conservadorismo de viés religioso.

A mim me parece, apesar de não gostar da administração Bush, que caso o vitorioso tivesse sido John Kerry, nada iria mudar substancialmente. Por lá, o tal "Destino Manifesto" e o simbolismo dos "Fouding Fathers", além dos interesses das indústrias bélica e farmacêutica, por exemplo, falam mais alto do que qualquer projeto pessoal de alguém que ocupe a presidência. A retórica de Kerry mantinha um viés de oposição à Bush e suas ações, mas caso aquele tivesse sido eleito, o "status quo" seria o mesmo.

Já aqui, no Brasil, o PT alardeia que tenha sido o grande vitorioso das últimas eleições. Balela. De São Paulo pra baixo, o que se viu foi que o PT não se saiu nada bem, perdendo duas capitais importantes como São Paulo (mais cobiçada do país) e Porto Alegre (tradicional reduto petista), elegendo pouquíssimos prefeitos em cidades médias e pequenas. Em Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT) seria eleito mesmo se disputasse o pleito por outro partido, devido à falta de um adversário de peso e a boa administração que realiza na cidade. Em Aracaju, Marcelo Déda (PT) se configura em caso semelhante, e seria reeleito de qualquer maneira, embora disso o Rafael possa falar com mais propriedade.

Contando algumas poucas capitais de peso no Nordeste, o tiro do PT saiu pela culatra.

O povo não é tão besta assim, mister Lula.

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