segunda-feira, dezembro 13, 2004

 

Pinóquio e o Déficit Zero

Recentemente, o governo de Minas divulgou em todos os grandes jornais mineiros e brasileiros, o tão almejado "déficit zero" no Estado. No jornal "Estado de Minas" (que se transformou em um editorial do governo) a matéria teve grande destaque, com aplausos e ovações ao governo mineiro.
Documento recente, assinado por diversas entidades sindicais mineiras e pelo bloco do PT/PCdoB da Assembléia de Minas, mostra que as coisas não são como parecem, ou como querem nos fazer acreditar o sr. Aécio Neves e o "Estado de Minas".
Detalhes que fizeram a diferença e contribuíram para o "déficit zero": 0% de aumento salarial de professores e servidores, nenhum centavo de investimento nas estradas de Minas (estradas não, buracos disfarçados de estrada), zero de investimento na recuperação das bacias hidrográficas do Estado, 25 mil reais investidos na revitalização do rio São Francisco (eram previstos 10 milhões de reais), investimento insuficiente na UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais) e na FAPEMIG (pesquisa).
Assim fica fácil alardear o déficit zero, escondendo um monte de coisas embaixo do tapete. Enquanto isso, mais de 35 milhões de reais já foram gastos em propaganda, como agora em nível nacional.
Em Minas, jornalistas e veículos de imprensa são "censurados" pelo governo Aécio, que pressiona e "pune" jornalistas que mostram as falhas do governo. Recentemente, como já havia sido denunciado aqui, o professor e jornalista do "Estado de Minas" Fernando Massote teve sua coluna semanal suspensa e foi posteriormente desligado do jornal. Motivo: críticas sistemáticas ao governo Aécio Neves.
Tradução de déficit zero em Minas: salários congelados, falta de investimentos em infra-estrutura, educação e pesquisa, meio ambiente abandonado. Assim fica fácil.

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