quarta-feira, dezembro 29, 2004

 

Quem entende?


Durante muito tempo, os lojistas da área central de Belo Horizonte protestaram contra a concorrência dos camelôs, que "roubavam" seus clientes nas portas das lojas. Quem ia entrar numa loja, não entrava, comprava a mercadoria em um camelô situado em frente da mesma. Pois bem. Tanto reclamaram e pressionaram, que a CDL-BH (Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte) conseguiu que a Prefeitura desse um jeito na situação. Como parte das reformas planejadas no hipercentro de Belo Horizonte, estava previsto no Código de Posturas do município a retirada dos camelôs das ruas. Locais foram destinados para receber os mesmos (os "shoppings populares"), e os prazos rigorosamente cumpridos, apesar de toda a reclamção dos camelôs, que sendo a parte mais interessada nesse deslocamento, foi a menos ouvida.
De começo duvidoso, os tais "shoppings populares" se tornaram um sucesso junto ao público, que agora dispõe de maior oferta de produtos, segurança, comodidade e bons preços. Claro, exiwtm problemas graves, como mercadorias contrabandeadas, mas nada que a Prefeitura não possa resolver rapidamente se quiser. Pra citar apenas dois, o "Shopping Oiapoque" (apelidado de shopping Oi) e o "shopping Tupinambás" se tornaram o destino preferido da população, sobretudo de baixa renda, que se destina ao hipercentro de BH para fazer suas compras. Tudo muito certo, tudo muito bom.
Agora, o jornal Estado de Minas acaba de publicar uma reportagem (28/12) onde os lojistas reclamam que as vendas ficaram um pouco abaixo do esperado, mesmo sendo ligeiramente superiores ao ano passado. E, claro, em cima de quem jogam a culpa pelos "prejuízos"? Bingo! A culpa é da concorrência dos camelôs, situados agora nos shoppings populares, como tanto queriam os lojistas da região. Fiquei pensando qual será o próximo passo... para onde vão querer mandar os camelôs agora?

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