domingo, outubro 10, 2004

 

O Terrorismo e os pseudointelectuais


Detesto aquele tipo de gente que adora posar de intelectual, arrotando conhecimento e arrogância. Geralmente não me dou muito bem com supostos "donos da verdade". Intelectuais de araque, tratam qualquer ato ou manifestação de repúdio contra o terrorismo como "verborragia sentimental". Desisti de explicar a estes "pseudo" a diferença entre valores pessoais e valores universais. É como disse o Guilherme Fiuza outro dia: estes pseudointelectuais, revolucionários de araque, relativizam tudo. Sofrem de verdadeira síndrome de relativismo. Vivem perdidos numa eterna dicotomia, só enxergando o mundo através do antagonismo político esquerda x direita.

Outro dia, comentei aqui sobre o massacre cometido por "terroristas" em Beslam, na Ossétia do Norte, quando centenas de crianças foram mortas, com mais de 700 feridos.
Claro que não podemos nos esquecer do pano de fundo que permeia tais acontecimentos. O massacre em Beslam foi, obviamente, uma resposta às atrocidades cometidas pelos russos em Grozny, uma pequena prova do seu próprio veneno. Os russos praticaram o "terrorismo de Estado", talvez a pior forma existente (se é que isso é possível).

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Milhares, milhares de civis foram mortos, assassinados em Grozny, pelo exército russo. A cidade foi completamente arrasada. Homens mulheres, crianças. Assassinados. Números do massacre falam em mais de 25.000 mortos nos dois primeiros meses de combate na cidade. Era de se esperar a resposta por parte dos chechenos.


Só gostaria de saber onde andam estes "pseudointelectuais", que escolhem quem sofre mais, quem é mais justo, ou quem tem razão, quando se trata de terrorismo, seja o "terrorismo de Estado (Rússia, EUA e outros) ou o terrorismo dos "militantes" (ou rebeldes, ou insurgentes, ou resistência, ou que diabos queiram chamar)...
Três cidades egípcias foram atacadas por estes "rebeldes", ou "militantes", ou qualquer outro nome que os pseudo queiram dar. Para mim continuam sendo cada dia mais terroristas.
Em Darfur, no Sudão, já são cerca de um milhão e meio de refugiados, e aproximadamente 50 mil teriam morrido. No massacre em Ruanda, outros milhares foram assassinados.

E o que fizeram os "pseudointelectuais"? O que falaram? Onde estava a sua indignação, a sua análise, os seus artigos, ou qualquer outra coisa que não fosse "verborragia sentimental", como acusam por aí? Eu não os vi. Deviam estar ocupados com algum mantra ou manual esquerdista de final de milênio. Vai ver, estavam aprendendo com o PT (e alguns petistas) sobre "Como mudar de opinião depois de ganha a eleição".
Enquanto o mundo se torna cada dia mais louco, com pessoas explodindo e atirando em crianças, pessoas degolando outras pessoas, países sendo invadidos e devastados por potências imperialistas, estes "idiotas" continuam se prestando a esse tipo de papel, desprovidos de qualquer tipo de compaixão, num esquerdismo do tipo "avestruz", sem nem saber direito onde é o buraco, tentando justificar tais bestialidades.
Bem vindo ao século XXI...

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